domingo, 22 de novembro de 2009

Já se ouve o barulho...

Já se ouvem os ensaios.
Já se sente o avoroço e o ritmo acelerado.
A ansiedade é muita.
Afinal, estamos a uma semana do evento tão desejado.
A partir das primeiras noites de frio, já se começa a sentir o espírito nicolino.
O frio, a emoção, a alegria de ser estudante vimaranense ou antigo estudante sente-se precisamente no dia 29 de Novembro de cada ano. É com imenso prazer, orgulho que vos apresento a festa do ano "Nicolinas - Festa do Pinheiro", em Guimarães.


"Origens das Festas Nicolinas
Apesar de as Festas Nicolinas serem um evento festivo que mistura o religioso com o profano, facto indesmentível é que a Origem das Festas Nicolinas, é unicamente religiosa.
Objectivamente, apenas podemos atribuir um início concreto e comprovado, do culto a S.Nicolau pelos estudantes de Guimarães, no século XVII. Mais precisamente em 1664, altura que, dando claros sinais de associativismo, foi construída a Capela de S.Nicolau, o que é revelador da existência prévia do culto académico ao santo, na medida em que o simples facto de se construir a Capela, revela que os festejos nicolinos eram já uma realidade bem inserida na população estudantil vimaranense.
Formalmente, as “Nicolinas” surgem apenas em 1691, altura da criação formal da Irmandade de S.Nicolau, com os seus estatutos.Contudo, o surgimento real, ou popular e também académico dos festejos nicolinos, é muito anterior.O culto a S.Nicolau, muito difundido pela Europa desde o século XI, chega a Guimarães no século XIV, iniciando-se contudo, como sendo um culto popular e não exclusivamente estudantil (trazido pelos romeiros, sobretudo, de Santiago de Compostela). Esta é também a altura em que é criada a Escola da Colegiada de Guimarães (equivalente às actuais escolas de ensino secundário), no Largo da Oliveira, local onde se faziam os festejos a S.Nicolau. É relativamente unânime que os festejos nicolinos têm o seu início na Escola da Colegiada, embora em data difícil de determinar com precisão, apropriando-se os estudantes de um festejo que era na altura de toda a vila.
Os Estudantes da Colegiada e os Coreiros (padres) saíam à rua para festejar o S.Nicolau, usando vestes eclesiásticas, sendo tradição realizarem apresentações e Danças nesse dia (tal como ainda hoje sucede com as Maçãzinhas e as Danças de S.Nicolau, ambas no dia 6 de Dezembro), celebrando o santo que era também, seu padroeiro: o padroeiro dos estudantes.Depois de iniciados os festejos pelos estudantes da Escola da Colegiada, pode-se afirmar que eles foram assumidos e promovidos no século XVI pelos estudantes do ensino universitário de Guimarães, da Universidade da Costa ou Universidade de Guimarães, albergada no Convento da Costa (criada em Guimarães por D.João III, entre 1537 e 1550, para dar estudos superiores ao seu filho bastardo, D.Jorge, longe de Lisboa, tendo leccionado em Guimarães, alguns dos principais nomes da intelectualidade da época). Até por influência do seu reitor Frei Diogo de Murça, cuja formação advinha de locais onde o culto a S.Nicolau era muito divulgado, como eram as Universidades de Salamanca, Paris e Lovaina.Assim sendo, o surgimento da festa nicolina, como festividade de culto a S.Nicolau, pelos estudantes de Guimarães, sendo anterior à criação da Universidade da Costa (inícios do século XVI), nasce na Escola da Colegiada de Guimarães, entre o século XIV (data da criação da Escola da Colegiada e da chegada a Guimarães do culto a S.Nicolau) e o século XV, sendo aqui muito difícil determinar, em que altura os estudantes da Escola da Colegiada, se apropriaram do festejo nicolino popular, tomando-o como seu.O termo ou a designação actual de “Festas Nicolinas”, surge apenas no século XIX.Estes eventos fundadores das nossas festas são os que servem de “barómetro histórico” para que as Festas Nicolinas, sejam consideradas por uma parte significativa dos historiadores, como uma das mais antigas tradições académicas da Europa (surgidas apenas dois séculos depois da Fundação da Nacionalidade), e como tal necessariamente, do Mundo."

Esta é a nossa história. Espero e sei que nunca irá acabar. Os ensinamentos passam de geração para geração.

Ainda ouço o meu pai a falar dos seus tempos de estudante, das suas idas ao Pinheiro com os seus "camaradas", das traquinices, das bebedeiras à porta de casa. Não toca, mas sente como se tocasse. Pode não ir, mas recorda-se desses tempos com grande emoção.
















sábado, 21 de novembro de 2009

Finalmente...

Finalmente um pouco de sossego psicológico, mental, físico, acima de tudo intelectual!
Não sei como ainda tenho cabeça para fazer uma dissertação cuidada e se conseguirei fazê-lo, mas a verdade é que senti uma necessidade extrema de informar-vos, caros leitores, que me sinto mais leve. A liberdade é, de facto, importante para que a nossa pessoa humana possua alguma dignidade. Nestas últimas manhãs, tardes, fins de tarde, noites, madrugadas, a minha diginidade foi abalada por uma série, uma infinidade de motivos. UFA!
A incerteza e o pânico mantém-se, são uma constante no nosso quotidiano, mas o alvoroço desta semana diminuiu a partir das 18h de hoje. Não quero repetir! Requer inspiração, ajuda divina, MUITA PACIÊNCIA para aturar certas vulgaridades, ordinarices, patetices... Coisa complicada!Posso afirmar que esta semana conheci certas facetas do ser humano que sinceramente desconhecia. Fiquei abananada com certas situações que nos deparamos que pareciam de todo surreais, inverosimeis. GOD HELP US!
Enfim, há que estar à espera de coisas inesperadas.
Bem, agora urge descansar. Estou num estado de emergência: relaxar é de extrema importância!
Para tal fica aqui uma sugestão: o filme, A ORFÃ... óptimo para quem gosta de alguma, sei lá, serenidade mental lol
P.S: prometo que não vou fazer dos meus futuros posts um diário desta minha vida que ultimamente se tem resumido àquela coisa que chama "Direito".
Sem mais,

sábado, 14 de novembro de 2009

Ai que é tão bom


Pearl Jam - Just Breath

Não é simplesmente fantástica esta música? Só conhecia (ouvia) umas 3 a 4 músicas de Pearl Jam. Arranjei o "Backspacer" para um amigo e...estou viciada!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O amor também mata...

Russian Roulette
Rihanna



... e quanto não mata mói. Que o diga Rihanna e uma das melhores músicas da sua carreira. Saiu debaixo do guarda-chuva doutrora e ficou madura, pelo menos musicalmente. Russian Roulette é incrivelmente dramática e bem escrita. O teledisco está bonito e transparece essa carga melancólica. Acabadinho de sair, este é o segundo single de Rated R, o novo álbum da RiRi, a ser lançado a 23 de Novembro deste mês.

Até à próxima,
Luís Gonçalves Ferreira

Tudo vale a pena...

MAR PORTUGUÊS

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu. "
No decurso deste meu cansaço cerebral, físico e emocional lembrei-me deste poema para reunir esforços para continuar!
Lutar em vez de desistir: este é verdadeiramente o lema de nós portugueses. Há que seguir em frente, passar o cabo das tormentas para se chegar à parte boa.
Associo este nosso curso, caros nobres colegas, a este verso "Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. "
Talvez pareça um pouco exagerada esta minha associação, estes meus pensamentos, mas a verdade é que a próxima semana revela-se um pouco assustadora. A necessidade de querer sobreviver, de brilhar, de fazer juz às nossas capacidades, opõe-se a este sentimento de falhanço e cansaço.
Ainda continuo à procura do resto de oxigénio!
Quero voltar à desejada terra firme, mesmo que exista algo que dificulte. Não nos deixemos ir nas ondas que parecem gigantescas, mas que na verdade consistem numa pura construção abstracta na nossa mente.
"Tudo vale a pena se alma não é pequena".
Definitivamente, a nossa de pequena nada tem.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Saudade de Ary dos Santos

José Carlos Ary dos Santos, poeta-músico, génio inato, Ser que escreveu um povo nas entre-linhas dos seus versos. Ary dos Santos, autor de sucessos como Cavalo à Solta, Tourada, Desfolhada Portuguesa ou Menina, reanima-se hoje, volvidos 25 anos (e uns meses) da sua morte, pela mão de quatro mulheres. Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviana e Luzanda Cozetti, trazem Ary no disco Rua da Saudade.

Numa selecção de 11 temas do vasto legado de Ary dos Santos, Rua da Saudade apresenta nova roupagem de canções singulares como Estrela da Tarde, Retalhos, Cavalo a Solta, entre outras. Um projecto único para se ouvir da primeira à última música, com interpretações que tocam diferentes sonoridades do pop, ao fado, passando pelo jazz e até o ritmo da bossa nova.

Projecto que, de per si, vale a pena e tem significado. Numa Era em que se revivem grandes vultos da música portuguesa, Rua da Saudade entusiasma-me e leva-me, quase de imediato, a adquirir o CD.

Deixo-vos Cavalo à Solta, numa interpretação de Viviane:



Até à próxima,
Luís Gonçalves Ferreira

terça-feira, 10 de novembro de 2009



Poema do silêncio

Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.


Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.

Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!

Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...

O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais. ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.

Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!

Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.

Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!

Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
(Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...)
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.

Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei,
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!

Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós. E assim,
Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.

Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...

Senhor! que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...

Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome.

José Régio

Algumas das minhas manifestações de eleição!

Um até já e um beijinho! *

Romance ruím

Bad Romance
Lady GaGa
(video music world premiere)



Louco. Estranho. Estranho. Estranho.

Até à próxima,
Luís Gonçalves Ferreira

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Muros e Blocos

http://fc09.deviantart.net/fs32/i/2008/212/0/7/Muro_de_Berlim_e_sua_historia_by_Vydor.jpg

O Muro de Berlim caiu antes de eu nascer. O Mundo só me haveria de conhecer um mês depois, aos quinze dias de Dezembro. Não fui vítima de uma Europa dividida fisicamente, mas aprendi que existiu, cá da periferia do pulmão da Europa dividida, uma divisão ideológica feita entre papéis, no alto-mar, lá no final da Segunda Guerra Mundial. Diferenças ao canto da História, o muro da vergonha era a cisão entre dois mundos, feitos de pólos de dominação, agravados nas descolonizações de outrora, perpetuado pelas armas e as não-Guerras que, não obstante, fizeram os desígnio do Globo, encaminhando-o na História. Os países de Leste parecem ter recuperado daquela corrupção astronómica que os abalava e da máquina comunista de enriquecimento de algumas classes dirigentes (qual sociedade capitalista?). Os países Ocidentais viveram os 30 Anos de Ouro, até à crise dos anos '70, onde uma outra divisão de blocos, a do Primeiro e Terceiro Mundo, se viu nítida, precipitada pelas cabeças dos blocos Capitalista e Comunistas, com razão e sentido lá no Médio Oriente, num espaço entre o Egipto, Jordânia, Irão, Libano, Mediterrâneo e o petróleo.

Hoje, com quase 20 anos de existência, tantos como os que se vergam sobre o muro de Berlim caído, estou cá e vejo. Observo centenas de quilómetros de outros muros da vergonha, entre o México e os Estados Unidos, na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia, em Ceuta ou Melilla. A felicidade que hoje falsamente sentimos não deve fazer esquecer este pedaços de terra que reflectem o conflito entre Estados, que se fazem agravar nas pessoas e se projectar nas falsas utopias. A Berlim de hoje continua dividida, por certo. Não há muro, mas existem clivagens que nenhuma governação conseguiu quebrar. O comunismo não é modelo, mas esta hipocrisia entre estados não pode continuar a sê-lo, por mera hipótese do acaso. Aclamar uma igualdade que não existe é o mesmo que beber sol e comer chuva, sem espaço para ignorâncias e desconhecimentos.

Eu, Europeu Ocidental, não consigo sentir orgulho destas comemorações. Depois de Berlim, existe um Mundo inteiro tolhido pelas divisões com arame farpado. Não são os sistemas que fazem os muros. São as pessoas. Maxime, por compactuarem com as fantochadas que se lhes adiantam no olhar. A culpa não é do Capitalismo ou do Socialismo, de per si, mas antes dos seres que lhes dão razão, por serem a realização física dos teoremas ideológicos.

Até à próxima,
Luís Gonçalves Ferreira

domingo, 8 de novembro de 2009

Efemeridade da infância




Quem não se lembra do famoso Dartacão?

Tenho a certeza que despertei em vocês, caros leitores, uma certa nostalgia, uma certa saudade daqueles tempos em que tudo parecia mais fácil.
A verdade é que agora está tudo mudado. Nestes tempos seriamos crianças totalmente diferentes do que fomos há uns dez anos.
Penso que a infância de agora não é tao saboreada quanto foi a nossa, a dos nossos pais, avós. Agora parece tudo tão superficial. Tem-se as PSP, os Morangos com Açúcar...Nem sequer dá na tv desenhos animados de manhã!
As nossas crianças são cada vez mais adultas, mais perspicazes, diria até, manhositas! Tudo isto reflecte o caos que se encontra na nossa sociedade.
Tudo deve ser vivido a seu tempo! Não devemos confundir a infância com a adolescência.
Bem, talvez sou eu que vou a encontro das ideias tradicionalistas, demasiado retrogadas para uns. Enfim, esta é a minha maneira de encarar os factos actuais.

Quando tiver o meu Afonso ou a minha Vitória, vou fazer tudo para que tenham algo parecido com o que eu tive: um chocolate ou um paozito sentado no sofá a assistir a desenhos animados. Como é claro vão assistir ao Dartacao!

"Com o teu jeito de criança,
vais teimar com o vento,
e rir das marcas dos teus pés pelos caminhos.
E um dia já distante,
numa janela da cidade,
lembrarás desses campos,
com saudades... "

Sem mais,






Ordinário-chic é soberbo. VMA's 2009

Bem vestida é um anjo com auréola e tudo. NAACP

Ordinarão ainda é melhor. Beyoncé EMA's 2009


sábado, 7 de novembro de 2009

Perpetuamente minha

Xuuuu
Apaguem as luzes
Xuuuu
Faça-se silêncio







Palavras para quê?

"Caminha avante, conquistando a glória
Que os filhos teus prende e seduz
Exibe altiva, oh ! Pátria a tua história
Que a mocidade dá amor, vida e luz.
Caminha avante, conquistando a glória
Sim, que os filhos teus prende e seduz."


Portugal é a minha terra, Guimarães é a minha casa

P.S: A primeira tinha que ser em Guimarães heheh

Sem mais,


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

BLA BLA


My Girl
Jon Peter Lewis


I've got sunshine
On a cloudy day
When it's cold outsideI
've got the month of May
I guess, you'd say,
what can make me feel this way
My girl, talkin' 'bout my girl
I've got so much honey
The bees envy me
I've got a sweeter song
Than the birds in the trees
Well I guess, you'd say,
what can make me feel this way
My girl, talkin' 'bout my girl

Hoo, oohHey hey heyHey hey hey
I don't need no money
Fortune or fame, no no
I got all the riches baby
One man can claim
Well, I guess you'd say,
what can make me feel this way
My girl, talkin' 'bout my girl
I've got sunshine on a cloudy day with my girl
I've even got the month of May with my girl
My girl my girl my girl my girl
Whoa my girl
Even on a cloudy day
What can make me feel this way
Sejam sinceras meninas, quem não gostaria de ser a fonte de inspiração para esta música? hein?!