sexta-feira, 23 de março de 2012

terça-feira, 13 de março de 2012

People come and go like the seasons, but...

...não me venham com aqueles tretas feitas que ninguém é insubstituível e que longe da vista, longe do coração. Nunca concordei, não concordo e, apesar do futuro estar reservado aos Deuses, acredito que continuarei a não concordar.
O que o ser humano tem é uma enorme capacidade de re-adaptação. Uns mais lentos que outros, mas todos acabamos por aceitar. Mas, aceitação é totalmente diferente de um apagão de memória.
Para mim, todas as pessoas que significaram alguma coisa, são completamente insubstituiveis. Confesso que são poucas, talvez por não me conseguir dar facilmente ou até talvez por admirar o carácter de exclusividade. Todas e sem excepção podem contar comigo, mesmo se agora as visse e não as cumprimentasse, porque não nos falamos. Estranho passar por alguém que nos diz tanto, que foi umas das poucas pessoas que realmente interessaram e não as cumprimentar. Cumprimentamos desde os nossos vizinhos, colegas de universidade, o funcionário do café que frequentamos, mas não nos dignamos a dizer um simples "olá" ao nosso melhor amigo de anos. Isto tudo devido ao orgulho que nos corrói inconscientemente por dentro. A cortesia desaparece, dando lugar a uma tristeza e incerteza de felicidade que invadem todos os nossos poros e é nesse momento que nos sentimos tão pequeninos, tão mesquinhos. Como podemos deixar pessoas escapar por uma mera estupidez? Chegamos a uma conclusão mais que óbvia, mas parece que nada podemos fazer para a combater. E é tão mentira.
Mas que raça estranha a nossa! Não seria tudo mais fácil se conseguissemos lidar de frente com os nossos sentimentos? Não seria tudo mais fácil se deixassemos para trás aqueles esquemas ardilosos que nos ajudam a encobrir as nossas emoções? Se fossemos transparentes, talvez a mágoa que reside em muitos de nós seria bem menor. Acredito piamente que seriámos todos mais felizes, mais leves, porque sabiámos que não iria ficar nada por dizer. As palavras, por vezes, podem significar tanto, quando realmente sentidas. Vulgarizamos até a nossa língua. Falar por falar tornou-se uma prática reiterada e isso irrita-me tanto. Quando realmente sabemos que gostamos, dizemos. Que se lixe. Não somos menos homens ou mulheres por assumirmos, pelo contrário, antigimos o ponto máximo da humanidade, do racionalismo. Agora, pronunciar palavras aleatórias desprovidas de qualquer verdade a outrem só porque sabemos que vai saber bem ouvir, não vale a pena. A inteligência humana, neste senitdo, assemelha-se a algo negativo. Aliás, não nos faria mal nenhum agir sem grandes prévios pensamentos esquemáticos criados na nossa cabecinha.
Sejamos livres no sentido mais lato da expressão.