segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Uma pequena reflexão em jeito de despedida

«Perante a situação do país, o Governo, em vez de optar por uma governação empenhada e corajosa, tendo em conta os interesses do país, optou por centrar o seu discurso na governabilidade, na chantagem política, na vitimização, e quase num desafio às instituições de soberania como o Presidente da República e a Assembleia da República», declarou a presidente do PSD.

«Como resultado desta opção, estamos a assistir ao desmoronar total das instituições, ao seu descrédito, o que vai desde as empresas públicas até à Administração Pública ou à justiça», acrescentou. 
Manuela Ferreira Leite, no jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD
in Sol


Concordo.
Sócrates encenou, depois das legislações, um circo mediático em volta dos acordos interpartidários para  formação de Governo. Todos sabiam, ao cruzar Belém, que aquilo era um início de um jogo. De hoje em diante, perante a instabilidade da maioria relativa da bancada socialista, Sócrates terá a boca cheia para acusar os partidos políticos com assento parlamentar de tudo. Tudo o que o desconhecimento político-constitucional permite e deixa. Tudo o que o povo aceita ser dito. Tudo...
Até agora nem Governo temos, entre fogos políticos e bombeiros parlamentares. Deficit democrático, é isso. Não sabemos viver a democracia plural, onde se discutem ideias e opções, sem a ditadura das maiorias absolutas. Que Cavaco Silva tenha razão e o ano novo nos traga alguma estabilidade. Adores e dramas políticos desnecessários é tudo o que este Portugal não precisa.
Petrificado e maculado de crise. É assim que se encerra a primeira década do século XXI. Até 2010, país político. Até 2010...

Luís Gonçalves Ferreira

2 comentários:

Anónimo disse...

Também concordo!
Espero sinceramente que a prosperidade abrace este nosso nobre país!

VIVA À MANELA!
(Era esta a "senhora" e não a "outra senhora" que encontraria a estabilidade que Portugal merece.)

Nádia Alberto disse...

Edu, não penicas aqui?

Um tête-à-tête informal fazia-vos maravilhas, meus queridos. Eu retiro-me fatigada de somente assistir às vossas intempéries. E julgava-me eu incansável...