“Não posso! Não tenho tempo.”
Ultimamente, deve ser das frases que mais uso. Pronunciá-la já me cansa, já me ocupa tempo.
Tempo: horas, minutos, segundos. Não me estou a referir a condições climatéricas.
Melhor era.
Tempo é um bem escasso. Só agora é que me apercebi do seu real significado.
O cansaço tem ganho terreno.
A incerteza apodera-se cada vez mais.
A idade está a pesar.
A reflexão torna-se indispensável.
O estado de inocência está a desvanecer. Não o consigo reaver.
Pouco faz sentido.
Pouco é recuperável.
O tempo, essa força misteriosa, devia vir no dicionário como antónimo da vontade.
Tristemente cheguei à conclusão que não é por acaso que “poder” e “podre” em português se escreve fatalmente com as mesmas letras.
Nem tudo tem que ter lógica pois não?
Espero, inevitavelmente, com ou sem tempo. Reserva-me umas horas. Eu compenso.
1 comentário:
Tens que pôr esta letra maiorzinha um bocadinho. Mas, querida Diana, estás a crescer. É como a flor: cresces sem fazer barulho, lentamente.
Beijo!!
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