sábado, 5 de dezembro de 2009

Tic Tac

“Não posso! Não tenho tempo.”
Ultimamente, deve ser das frases que mais uso. Pronunciá-la já me cansa, já me ocupa tempo.
Tempo: horas, minutos, segundos. Não me estou a referir a condições climatéricas.

Melhor era.
Tempo é um bem escasso. Só agora é que me apercebi do seu real significado.
O cansaço tem ganho terreno.
A incerteza apodera-se cada vez mais.
A idade está a pesar.
A reflexão torna-se indispensável.
O estado de inocência está a desvanecer. Não o consigo reaver.
Pouco faz sentido.
Pouco é recuperável.

O tempo, essa força misteriosa, devia vir no dicionário como antónimo da vontade.

Tristemente cheguei à conclusão que não é por acaso que “poder” e “podre” em português se escreve fatalmente com as mesmas letras.

Nem tudo tem que ter lógica pois não?

Espero, inevitavelmente, com ou sem tempo. Reserva-me umas horas. Eu compenso.

1 comentário:

Luís Gonçalves Ferreira disse...

Tens que pôr esta letra maiorzinha um bocadinho. Mas, querida Diana, estás a crescer. É como a flor: cresces sem fazer barulho, lentamente.


Beijo!!