terça-feira, 8 de junho de 2010

X,Y,Z

Antes de iniciar, julgo por bem avisar-vos, caros leitores, que não sairá daqui uma dissertação devidamente fundamentada, visto que neste momento sao sete da manhã e são escassas, para não dizer nulas as horas que dormi. Avizinha-se um dia bastante árduo. Avizinha-se muito estudo e espero que dele advenha frutos, de preferência maduros, moldados pela sabedoria.
Ora, desde o inicio mais básico da matemática, sempre me ensinaram que se deve identificar as variáveis. Podemos escolher a designação que quisermos, desde que devidamente identificadas. Neste caso, dei preferência a X,Y,Z.
Não. Não quero voltar aos meus tempos conturbados da matemática. Não sou masoquista até a esse ponto.
Escolhi X,Y,Z e não encontro fundamento para tal. Talvez ache mais ousado, audaz não atribuir nome real. Também não irei identificá-las: já foi o tempo da matemática!
X,Y,Z é o plano pautado pela mais imperfeita perfeição. Nada é perfeito e quando alguém lá chegar, metam-se debaixo das mesas e camas que 2012 está se a aproximar.
X nunca pensou que fosse encontrar no meio de cerca de 100 pessoas, Y e Z. Presume-se que Y e Z pensassem o mesmo. A mão invisivel fez o seu trabalho: não há dúvidas. A lei da atracção faz milagres e entre X, Y e Z definitivamente que se deu um.
Conheceram-se de uma forma atabalhoada, mas o seu destino estava mais que marcado. Aquela frase daquele café naquele primeiro dia foi o primeiro sinal de que X, Y e Z iriam formar um "plano". Tentaram dar-se a conhecer, se bem que timidamente: a química tem destas coisas. Algo impossível de ser entendido. De facto, é impossível evitar o inevitável.
Depois de tantas somas apressadas, de subtracções sofridas, de divisões estúpidas, eis que surge a multiplicação tão desejada, contudo, pouco esperada.
Pensa-se irroneamente que os verdadeiros amigos e os mais duradouros se conhecem aquando da queda dos dentes de leite. Não se quer ferir possíveis susceptibilidades, mas X comprovou que não e nada melhor que a experiência sensível para corroborar.
Em tudo na vida, por mais difícil que se nos assemelhe, há sempre algo positivo a retirar do negativo, Não é por acaso que na matemática menos com menos dá mais. É fácil falar na teoria, todos sabemos. Complicado é transportá-la para a prática.
X comprovou naquele ano que o que parece garantido, é o mais volátil. Aprendeu que intensidade é sinónimo de efemeridade. X não pode dizer que não sente saudades. Saudade sempre marcou os nossos antepassados. Não admira, pois, que tal termo só exista em português. "Chorou" a sua ausência, agora "chora" por ainda a sentir. Não exteoriza as lágrimas: o orgulho não permite.
Certas palavras ficam marcadas, como pegadas feitas no cimento fresco, de tal modo que o termo "acreditar" surge como algo ridiculo.
Y e Z apareceram no momento certo. Tentaram, ainda que sem se aperceberem, apagar essas palavras.
Perante este mare magnum de dúvidas e receios que assolaram X, Y e Z contribuiram para que a palavra "acreditar" não perdesse o significado que, afinal, consta no dicionário da Língua Portuguesa.
Pretende-se, portanto, que X,Y,Z se unam, numa simbiose jamais outrora alcançada. Que enlacem as mãos e não tenham receios de as voltar a unir, caso elas se desenlacem por motivos alheios à vontade.
X,Y,Z sentem que se têm. Os seus pontos foram unidos, ainda que de uma forma invisivel. Mas, o que realmente importa é sentir. Os nossos olhos são facilmente enganados. Pelos vistos, discordo daquela frase tão repetida "Longe da vista, longe do coração".
X quer acreditar que tudo isto não resulta de uma pura construção abstracta da sua mente. Afinal, o que vai ser da Humanidade quando a palavra "acreditar" perder sentido?

Caminhemos, mas lado a lado!

P.S: é no que dá uma noite passada em branco...

3 comentários:

Luís Gonçalves Ferreira disse...

Bendito sono! Que texto! Ai.
Eu já ingeri a minha dose diária de taurina e tu nem dormiste.
X, Y e Z (Xuxua, a Yião e o Zaralhado) são uniões perfeitas, no sentido em que se acompanham, no sentido de tudo, essencialmente das loucuras.
Caminhemos, sim, sem parar, até ao final. Mesmo que se esse final não seja o esperado. Dará gozo reerguer o templo juntos. Com uma renda mensal de 7500€ vai ser luxo. :)

beijoca grande

PS.: Estou tão cansado que não consigo desenvolver um pensamento minimamente coerente.

Anónimo disse...

O orgulho, como não me vou cansando de vos repetir, só nos faz perder tempo. E quando se perde este precioso elemento sem quem nos é vital, a vida some-se num ápice. Tenho vaidade - para não dizer orgulho - em dar quase sempre o braço a torcer nas quezílias com os que gosto, como sabes. É preciso mais que uma nortada para abanar uma muralha, muralha essa basilarmente construída juntos, pedra a pedra, belas achadas pelo caminho! E, com isto, não acho que perco galões ou personalidade; sinto-me até uma pessoa cada vez mais em paz comigo mesma.
Nestes casos, o longe da vista (por mais longo que seja), torna-se perto, por vezes núcleo, do coração. E vale mesmo a pena essa distância? O tempo não apaga as feridas, disfarça-as. Contudo, como o eco de um grito volta sempre, a dor também renasce.

Acredita nisto como acreditas em nós. Temos o essencial nas mãos. Temos-nos. E há sempre espaço para mais uns!

:)

PS - até porque se nos irritamos muito lá se vai o fio capilar todo ao ar :D *

PS2 - começo a achar que vamos mesmo ser o primeiro casamento poligâmico tuga!

Diana C. Machado disse...

EPA oh Luis aqui a X a cantar aos 7 ventos o amor que tem por Y e Z e tu preocupado c o guito
Nao sei se consigo casar me com alguem tao materialista. UM AMOR E UMA CABANA resultaria perfeitamente AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

(olha a minha ironia a extravazar me pelos dedos)

Nádia, em relaçao ao casamento poligámico: nao sei se Portugal irá evoluir por esses lados. Mas ideia de ontem é bastante plausivel. A ver vamos!

P.S: so john mayer me consegue relaxar antes de um teste de teoria..brrrrrrrrrrrrr