Existia uma terra, lá longe, no país dos sonhos. Era um limbo encantado, cheio de magos, rainhas e princesas. Debatiam-se ideias, livremente, em todo o lado: no jardim, no Ágora, no local das lições e das teorias sobre deuses. Um dia acordamos do sonho e apercebemo-nos que era surreal. Queríamos prolongar a felicidade de um sítio tão cheio de espaço para todos e então criamos logo uma legenda. Nasceu o Piquenique das Letras.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
See ya...
sábado, 26 de junho de 2010
A caneta
PS.: Este post continha um erro. Este foi devidamente corrigido e republicado.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Saramago
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Quiziera ser un pez para tocar mi nariz en tu pecera!
O que umas férias pagas nas Canárias não fazem à boa disposição.
Cheira-me a decadência! :D
sábado, 12 de junho de 2010
Xeque-mate?
Jogamos uma partida?
sexta-feira, 11 de junho de 2010
But you've got the love I need to see me through
Aqui quem pode deprimir sou eu e mais ninguém.
Logo, se eu não o faço, sheer up!
Afinal, quem manda? :D *
Num ambiente de meia luz
numa boa companhia
saboreando um gin tónico
aquecidos pela imensa lareira
que apesar de nos consumir o oxigénio, é sempre bem-vinda
ao som de uma boa música
relaxando no enorme, mas acolhedor sofá branco
alheios a qualquer tipo de preocupações ou anseios...
Era mesmo isto que estava a precisar. Ainda me lembro de ser obrigada a ir com os meus pais para este tipo de serões. Agora, iria com todo o gosto. Bem, quem sai aos seus não degenera: a ciência tem destas coisas.
Só de me imaginar nesse cenário, parece que emagreci 10 kg: sinto-me mais leve.
Sim, assumo, a fase da adolescência já pode ser considerada passado. Algum dia teria de ser.
Não me sinto velha, nem aborrecida, nem mesmo melancólica. Simplesmente, recordo essa fase com um sorriso, porque foi bastante boa. A verdade é que nunca me irei esquecer das pessoas que a passaram comigo. Nem o mais insignificante momento será deixado no sótão. Cada fase tem o seu encanto e há que saber tirar partido disso. Viver não custa, o que custa é encontrar uma forma de saber viver.
Consigo imaginar-me com 80 anos e sem problemas de os ter. De certeza que saberei, se os ouvidos me permitirem, saborear uma boa música, ao mesmo tempo que aprecio a paisagem que me rodeia (suponho que será num ambiente de praia, se até lá não mudar de ideias).
Enquanto nos deixarem cá estar, "Façam o favor de serem felizes"
Estou a ficar velho! Conclusão:
A saudade corrói por dentro. Esfola por fora, porque diminui-te o sorriso. Tenho saudades de ser pequeno e achar que o ano 2000 foi ontem.
Será mesmo necessário contarem a vida em dias, minutos e segundos?
terça-feira, 8 de junho de 2010
Ale-Ale-Alejandro
Com cenas fortes de intensidade homossexual e carga religiosa forte, Steven Klein (o realizador) e Lady GaGa produziram um templo à arte performativa e visual. Uma viúva frígida: é essa a imagem final que me fica no primeiro instante após o primeiro visionamento completo. GaGa explicou o teledisco como sendo um templo ao amor homossexual, em que ela interpreta uma mulher que tenta conquistar o coração dos homossexuais. É um amor monstruoso esse que a mata no final, percebe-se.
Lady GaGa devolve ao pop o fulgor criativo dos grandes acontecimentos dos anos 80 e 90. Cada passo é um acontecimento. E isso, leitores, já não me lembrava de ver há muito tempo num género que se achava estéril.
X,Y,Z
Ora, desde o inicio mais básico da matemática, sempre me ensinaram que se deve identificar as variáveis. Podemos escolher a designação que quisermos, desde que devidamente identificadas. Neste caso, dei preferência a X,Y,Z.
Não. Não quero voltar aos meus tempos conturbados da matemática. Não sou masoquista até a esse ponto.
Escolhi X,Y,Z e não encontro fundamento para tal. Talvez ache mais ousado, audaz não atribuir nome real. Também não irei identificá-las: já foi o tempo da matemática!
X,Y,Z é o plano pautado pela mais imperfeita perfeição. Nada é perfeito e quando alguém lá chegar, metam-se debaixo das mesas e camas que 2012 está se a aproximar.
X nunca pensou que fosse encontrar no meio de cerca de 100 pessoas, Y e Z. Presume-se que Y e Z pensassem o mesmo. A mão invisivel fez o seu trabalho: não há dúvidas. A lei da atracção faz milagres e entre X, Y e Z definitivamente que se deu um.
Conheceram-se de uma forma atabalhoada, mas o seu destino estava mais que marcado. Aquela frase daquele café naquele primeiro dia foi o primeiro sinal de que X, Y e Z iriam formar um "plano". Tentaram dar-se a conhecer, se bem que timidamente: a química tem destas coisas. Algo impossível de ser entendido. De facto, é impossível evitar o inevitável.
Depois de tantas somas apressadas, de subtracções sofridas, de divisões estúpidas, eis que surge a multiplicação tão desejada, contudo, pouco esperada.
Pensa-se irroneamente que os verdadeiros amigos e os mais duradouros se conhecem aquando da queda dos dentes de leite. Não se quer ferir possíveis susceptibilidades, mas X comprovou que não e nada melhor que a experiência sensível para corroborar.
Em tudo na vida, por mais difícil que se nos assemelhe, há sempre algo positivo a retirar do negativo, Não é por acaso que na matemática menos com menos dá mais. É fácil falar na teoria, todos sabemos. Complicado é transportá-la para a prática.
X comprovou naquele ano que o que parece garantido, é o mais volátil. Aprendeu que intensidade é sinónimo de efemeridade. X não pode dizer que não sente saudades. Saudade sempre marcou os nossos antepassados. Não admira, pois, que tal termo só exista em português. "Chorou" a sua ausência, agora "chora" por ainda a sentir. Não exteoriza as lágrimas: o orgulho não permite.
Certas palavras ficam marcadas, como pegadas feitas no cimento fresco, de tal modo que o termo "acreditar" surge como algo ridiculo.
Y e Z apareceram no momento certo. Tentaram, ainda que sem se aperceberem, apagar essas palavras.
Perante este mare magnum de dúvidas e receios que assolaram X, Y e Z contribuiram para que a palavra "acreditar" não perdesse o significado que, afinal, consta no dicionário da Língua Portuguesa.
Pretende-se, portanto, que X,Y,Z se unam, numa simbiose jamais outrora alcançada. Que enlacem as mãos e não tenham receios de as voltar a unir, caso elas se desenlacem por motivos alheios à vontade.
X,Y,Z sentem que se têm. Os seus pontos foram unidos, ainda que de uma forma invisivel. Mas, o que realmente importa é sentir. Os nossos olhos são facilmente enganados. Pelos vistos, discordo daquela frase tão repetida "Longe da vista, longe do coração".
X quer acreditar que tudo isto não resulta de uma pura construção abstracta da sua mente. Afinal, o que vai ser da Humanidade quando a palavra "acreditar" perder sentido?
Caminhemos, mas lado a lado!
P.S: é no que dá uma noite passada em branco...
domingo, 6 de junho de 2010
Espartilhos, Corpetes e Crinolinas
Repulsa. Nojo. É isso.
Afinal de contas, Deus criou o homem e a mulher nus e eles tocaram-se, corporalmente, e tiveram prazer. Viram o outro. Não existiam espartilhos nem corpetes nem crinolinas antes de serem verdadeiramente conhecedores de si. Era correcto o silogismo se eles não fossem logo emparedados entre as pernas do Deus do Bem e as coxas do Deus do Mal. Era lógico o pensamento até serem vestidos, de moldes, que eram folhas de preconceito.