De noite, como quem sofre em silêncio, abriste-me a alma com a profundidade do teu olhar. Não pedi descaradamente que chegasses, até porque desconfiava de mim. Não exigi a deus nenhum coisa alguma. Rezei, apenas, durante anos, para que viesses, no meio de uma nuvem de sonhos, por forma a que, a ser mentira, te esfumasses num instante. Não paguei promessas, porque nunca lhe topei sentido. Tomei tombos. Raspei joelhos. Fui amparado algumas vezes, outras foram as que nem carinho me calou a lágrima que tropeçava em mim mesmo. Não desisti de te encontrar, mesmo que só me dessem uma presença parecida em sonhos. Desde que aconteceu, recolho-me na tua tranquilidade e sonho com as pressas todas de ser feliz. Não sei se durará até sempre, porque o futuro a deus pertence (ao das rezas, não aos das preces). Nunca quis roubar púlpito a ninguém, muito menos à divindade que nos plantou isto no peito. Nem o farei. Mas hoje, por segundos, apetece-me mandar no futuro e julgar que isto é eterno, por ser tão maravilhoso. Não há cliché, nem chavão, nem frases feitas. São sentimentos. E isso... amigos, é coisa dos homens.
Luís Gonçalves Ferreira
5 comentários:
MA CHE TRÈS COSAS PIÚ BELAS QUESTA FOTO!! Gosto :p Palmas ao administrador *
Dra. Iluminada
O senhor Administrador é um espectáculo a administrar pena que seja só nos blogues, porque tem Administrativo por fazer.
:)
Que bonito (:
Ha momentos em que mais vale nao comentarmos nada sob pena de retirar a beleza do que se leu. Este é um desses momentos...
"São sentimentos. E isso... amigos, é coisa dos homens."
CONCORDO PLENAMENTE
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