segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Desabafo

"Já reparaste que és um rapaz novo e estás a ficar impossível de se aturar? Já não se pode falar para ti. Estás sempre a reclamar!"
P'la minha Mãe

Eu não era assim nem estava sempre irritado. Eu sorria, todos os dias, e era mais amigo dos outros. Eu era mais sensível ao meu redor. Agora, fruto de alguma coisa que desconheço, estou diferente. Para pior. Para muito pior. E isso deixa-me triste e cabisbaixo. Estou intimamente triste comigo próprio. Tudo, porque este não é o Luís, o meu Luís. Transfiguro-me com o stress que o curso causa em mim. Esta época vital estará, provavelmente, a ser das mais complexas da minha pequena existência. Não sei como lidar com isto. Não tenho guia de instruções para me compreender, porque já não sou eu.
Triste. É assim que estou. Infelizmente.
Perco, assim, a minha luz e energia próprias. 
Sou eu que tenho que me reencontrar, eu sei. Mas, por favor, façam um esforço para não exigir muito de mim. Sou só um. Um só corpo. Não me subdivido nem multiplico, apesar de alma, essa vagabunda, se estar a modificar, de dia para dia, como quem despe uma pele e encarna outra.
Hoje, confesso, estou francamente pequeno cá por dentro.

Luís Gonçalves Ferreira

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu querido não te sintas pequeno. Vejo e sinto-te como um grande ser humano.
Temos dias, momentos menos bons que andamos mais irritadiços. É o teu caso.

As pequenas medidas não constam no nosso dicionário!

Aqui entre nós, até que há vezes que as pessoas abusam da nossa paciência e levar uma resposta mais agressiva não lhes faz mal nenhum!

Babe, cabecinha para cima! Afinal quem é o DR??

beijinhos
não de sempre, mas para sempre*

Por detrás das corneas disse...

O que seria de nós se não houvesse essas terríveis sensações?
Ninguém cobra de nós , se não o que podemos fazer.
Tú deve de ser grande e bem querido , pra te sobrecarregarem de tal forma.
Belo texto
beijo
Keila