Alinham-se os cartuchos.
Preparam-se as armas.
Escondem-se os sentimentos insípidos, que não combinam com Guerra.
Amarram-se as mãos.
Sacam-se cabeças.
Prendem-se os medos e os anseios, trazidos por um sangue qualquer.
Resguardam-se os mantimentos.
Recolhem-se os sobreviventes.
Desprezam-se os corpos espalhados pelo chão, porque a piedade não faz parte da estória.
Prossegue a caravana. Erguem-se os abrigos. Limpam-se as almas. Folgam-se os corpos.
Não há lugar para mágoa. Não há vazio para o pecado.
«Em tempo de guerra não se limpam armas», nem formas, nem Matéria, nem Alma.
Preparam-se as armas.
Escondem-se os sentimentos insípidos, que não combinam com Guerra.
Amarram-se as mãos.
Sacam-se cabeças.
Prendem-se os medos e os anseios, trazidos por um sangue qualquer.
Resguardam-se os mantimentos.
Recolhem-se os sobreviventes.
Desprezam-se os corpos espalhados pelo chão, porque a piedade não faz parte da estória.
Prossegue a caravana. Erguem-se os abrigos. Limpam-se as almas. Folgam-se os corpos.
Não há lugar para mágoa. Não há vazio para o pecado.
«Em tempo de guerra não se limpam armas», nem formas, nem Matéria, nem Alma.
Este Homem que faz a guerra não pode ser o mesmo que ama uma esposa, um filho ou um amigo. Esta transfiguração sentimental arrepia-me. Em todos os corpos e almas e armas e formas deve existir um núcleo inatamente mau, negro. Devemos ser apenas um esquiço do Homem perfeito, justo e completamente bom.
Não percebo os erros de projecto!
Até à próxima,
Luís Gonçalves Ferreira
1 comentário:
Sim é verdade...como é possível tal Homem ser essa pessoa em guerra, que não olha a sentimentos puros mas sim negros, e no entanto amar seja o que for?
Não consigo arranjar explicação p'ra isso.
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