Existia uma terra, lá longe, no país dos sonhos. Era um limbo encantado, cheio de magos, rainhas e princesas. Debatiam-se ideias, livremente, em todo o lado: no jardim, no Ágora, no local das lições e das teorias sobre deuses. Um dia acordamos do sonho e apercebemo-nos que era surreal. Queríamos prolongar a felicidade de um sítio tão cheio de espaço para todos e então criamos logo uma legenda. Nasceu o Piquenique das Letras.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Respirar
Aos olhares estranhos, sigo a vida conforme o roteiro: sou quase normal por fora, para ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e este muito quero sem fim. Quero continuar a aprender a dançar à chuva e a não ficar à espera que a tempestade se vá. Amor sem dor não sabe a romance, mas pouso a paixão que me rói e aí vejo algo novo nascer, sem prazo e idade de acabar. Escondo-o a custo, pois guardo-o só para os especiais – transborda-me os sentidos. Escorro sangue em lágrimas, transpiro vida, fervor e euforia.
Inspiro, expiro. Inspiro, expiro.
Sonho, adormeço. Sonho, e já não sei se estarei a sonhar acordada de novo.
Não cresci para viver mais ou menos, nasci com dois maravilhosos pares de asas e vou onde eu me levar. Por isso, não me venham com superficialidades, pois nada raso me satisfaz. Desconfias tu e bem que vejo por dentro das coisas. Já eu só quero é mergulhar de corpo febril na água gelada de um rio selvagem. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – para sair ainda bem melhor do outro lado de lá. Não há leis para me prender, aconteça o que acontecer.
Inspiro, expiro. Inspiro, expiro.
Sonho, adormeço. Sonho, e já não sei se estarei a sonhar acordada de novo.
Não cresci para viver mais ou menos, nasci com dois maravilhosos pares de asas e vou onde eu me levar. Por isso, não me venham com superficialidades, pois nada raso me satisfaz. Desconfias tu e bem que vejo por dentro das coisas. Já eu só quero é mergulhar de corpo febril na água gelada de um rio selvagem. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – para sair ainda bem melhor do outro lado de lá. Não há leis para me prender, aconteça o que acontecer.
Foi mais um dos muitos ares que se me dão.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Não sei porquê, mas esta "canção" faz me lembrar 3 tolinhos que andavam a passear algures em Gualtar, sendo que 2 (diga-se, os tolinhos mor) iam com óculos-de-sol de noite e lenços na cara. Deviam-se achar vedetas ou grandes personalidades da nossa sociedade. Só pode... Lembram-se?
Uma semana está-se a assemelhar a um ano. Saudades vossas *
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
DIA-A-DIA
Só porque só me lembrei agora que dia é hoje.
Só porque só abri o google e vi corações.
Só porque só queria ouvir uma musiquisita e abri o youtube e constatei que tal como o google, também optou por uma decoração dedicada ao coração.
Depois pensei: será que hoje é dia mundial do coração?
Depois estava a pensar jantar fora e queria reservar mesa e a lotação estava esgotada.
Depois fui às compras e olhei para as montras e os corações continuavam a lá estar.
Eis que de repente a minha cabeça racicionou e pensou: é desta que o açúcar vai acabar!
Só porque só abri o google e vi corações.
Só porque só queria ouvir uma musiquisita e abri o youtube e constatei que tal como o google, também optou por uma decoração dedicada ao coração.
Depois pensei: será que hoje é dia mundial do coração?
Depois estava a pensar jantar fora e queria reservar mesa e a lotação estava esgotada.
Depois fui às compras e olhei para as montras e os corações continuavam a lá estar.
Eis que de repente a minha cabeça racicionou e pensou: é desta que o açúcar vai acabar!
Um bem haja para os comerciantes. O Natal já foi há algum tempo!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Reinado mental: demente
Toquem os sinos a defunto. Toquem. Resvalem os corpos à vala. E apetece-me compor mordacidades ao teu lado. É o sangue do nosso amor a destilar-me os recantos dos olhos.
GRITO!
Fere-me o sangue de ti. O peito de ti. Resvala. Resvala para a vala moribunda de ti.
PAUSA! Shiu, pede o tempo. Ele não manda. Ele não comanda.
A morte é mais poderosa. Põe e dispõe do corpo... como peças frias de um xadrez podre.
GRITO!
Fere-me o sangue de ti. O peito de ti. Resvala. Resvala para a vala moribunda de ti.
PAUSA! Shiu, pede o tempo. Ele não manda. Ele não comanda.
A morte é mais poderosa. Põe e dispõe do corpo... como peças frias de um xadrez podre.
AhAh. Pausa.
Gargalha a bruxa do canto do cemitério. Pobre alma. Instância enferma. Rosto de morte.
Pausa.
GRITO! Tropas de espíritos em linhas curvas. É uma visão. Pura visão. Visão de um país falido, esquecido. Espíritos ao recanto. Vem Pessoa. Nada de Quinto Império nas pérolas dos seus anéis de poemas. INFELIZ, grita o Rei. Pensava ser poderoso. Nada de nada.
Pessoa morreu. Todos os génios morrem.
PAUSA! Silêncio, pede o Grito. O tempo roubou-lhe o lugar.
Movimento. Barafunda. Confusão.
Ah-ah-ah. Ri a Princesa. De copas. Putas copas.
A pureza das palavras. Das feias palavras. O poder dos nomes. Dos nossos nomes. Da nossa boca. Das elites de estúpidas confusões de nomes. Poder. É isso. Poder de chamar. De apelidar. De definir. De condicionar.
Copas. Paus.
Confusão. Barafunda.
Risco a tela.
A confusão parou. O poeta recolheu. A princesa sussurrou e vez vénia à bruxa que era reina. Pouco belo e muito doente. Reinado mental: demente. E são assim as mentes. As vossas e a minha. Puta instância que acabou de criar esta metamorfose da mente.
Ponto-final.
Gargalha a bruxa do canto do cemitério. Pobre alma. Instância enferma. Rosto de morte.
Pausa.
GRITO! Tropas de espíritos em linhas curvas. É uma visão. Pura visão. Visão de um país falido, esquecido. Espíritos ao recanto. Vem Pessoa. Nada de Quinto Império nas pérolas dos seus anéis de poemas. INFELIZ, grita o Rei. Pensava ser poderoso. Nada de nada.
Pessoa morreu. Todos os génios morrem.
PAUSA! Silêncio, pede o Grito. O tempo roubou-lhe o lugar.
Movimento. Barafunda. Confusão.
Ah-ah-ah. Ri a Princesa. De copas. Putas copas.
A pureza das palavras. Das feias palavras. O poder dos nomes. Dos nossos nomes. Da nossa boca. Das elites de estúpidas confusões de nomes. Poder. É isso. Poder de chamar. De apelidar. De definir. De condicionar.
Copas. Paus.
Confusão. Barafunda.
Risco a tela.
A confusão parou. O poeta recolheu. A princesa sussurrou e vez vénia à bruxa que era reina. Pouco belo e muito doente. Reinado mental: demente. E são assim as mentes. As vossas e a minha. Puta instância que acabou de criar esta metamorfose da mente.
Ponto-final.
Luís Gonçalves Ferreira
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Snobismo aliado à coragem
É caso para dizer: AH MULHER DO NORTE! De facto, há quem saiba ser snob e bravo.
Quando for grande, quero ser assim!!! Os instintos nortenhos já cá cantam, falta-me é um casaco vermelho...
Sem mais,
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
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