Che Guevara
Um viva aos idealismos e aos enganos. Um bom fim de semana a todos!
Existia uma terra, lá longe, no país dos sonhos. Era um limbo encantado, cheio de magos, rainhas e princesas. Debatiam-se ideias, livremente, em todo o lado: no jardim, no Ágora, no local das lições e das teorias sobre deuses. Um dia acordamos do sonho e apercebemo-nos que era surreal. Queríamos prolongar a felicidade de um sítio tão cheio de espaço para todos e então criamos logo uma legenda. Nasceu o Piquenique das Letras.
Quanto a mim, há-de ser sempre dos melhores temas conseguidos até aos dias de hoje. Imortal!
Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
Este é o Oceano Pacífico das noites do Piquenique. Esta é a minha escolha para a passagem de um bom serão ao som de Jorge Palma.
Grande composição...
Não se esqueçam: enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar.
Sem mais,
Para a mais maravilhosa e autêntica Lady que eu tive a oportunidade de conhecer nestes meus breves anos de vida: a nossa ilustre Diana Machado.
Começei por perguntar a mim mesma o motivo pelo qual me deu subitamente a vontade de te vir escrever estas palavras. "Porque não? Faz todo o sentido burilar-se o que realmente importa: as pessoas que gostamos!".
Nunca é demais dizer o quanto adoro os nossos deambulares, o teu apoio, a tua "raça" e a tua peculariedade. Costumamos contar que foi "amor à primeira vista", e, de facto, já lá vão dois intensos anos em que ainda sorrio por dentro quando me lembro desses primeiros momentos. Jamais o vou esquecer: foi dos processos de cativação à Raposa e Principezinho mais caricatos em que eu tive a honra de fazer parte integrante. São estas coincidências (se é que elas existem) que me fazem acreditar no Divino: cheguei a Braga perdida, e reencontrei-me quando vos conheci. Poderemos então chamar-lhe Destino? Penso que sim, que estava escrito.
Descrever-te seria perder-me nas palavras, pois estas nunca me saciam. Contudo, esta humilde homenagem não estaria completa sem frisar o que mais me orgulha no nosso seio: é o saber que tudo isto é sincero, puro e cândido. É o saber que posso pensar em voz alta. E sublinho estes singelos corolários só pela virtude de coexistirem e permanecerem firmes por qualquer que seja o trajecto que os nossos passos tiverem que escolher. Sei o quanto os seus antagónicos ainda nos surpreendem e assustam.
Convosco, ganhei novos ornatos e reforçei os velhos e esquecidos pela poeira. Convosco, sou dona de um inestimável tesouro, para nós nada utópico: a Amizade.
Nenhum caminho é longo quando um amigo nos acompanha!
Obrigada Diana. Por seres como és, pelos espaços vazios preenchidos e por tudo o que há-de vir.