sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pensamentos

"Devo dizer, correndo o risco de ser ridículo, que o verdadeiro revolucionário é movido pelo sentimento do amor. (...) Não quero nunca renunciar à deliciosa liberdade de me enganar."

Che Guevara

Um viva aos idealismos e aos enganos. Um bom fim de semana a todos!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

some might say

SOME MIGHT SAY - OASIS

"Some might say that sunshine follows thunder
Go and tell it to the man who cannot shine
Some might say that we should never ponder
On our thoughts today cos they will sway over time

Some might say we will find a brighter day
Some might say we will find a brighter day

Cos I've been standing at the station
In need of education in the rain
You made no preparation for my reputation once again
The sink is full of fishes
She's got dirty dishes on the brain
It was overflowing gently but it's all elementary my friend

Some might say they don't believe in heaven
Go and tell it to the man who lives in hell
Some might say you get what you've been given
If you don't get yours I won't get mine as well"

Palavras para quê?
Noel Gallagher é o verdadeiro poeta de Manchester...
AWESOME!!!
No meu top 2 definitivamente!

Sorri

Sorri. 
Sorri como quem canta. Sorri como quem dança. Sorri. Sorri pela boca. Sorri pelos olhos. Sorri com os cabelos e a voz e a máscara que suportas. Sorri. Sorri com o corpo. E os gestos. E tudo o que tens. Alegra-te e sorri. Chora e sorri. Sorri e sorri. Só sorri. Sorri apenas. Sorri e fala. Fala e dança. E ama. Ama a sorrir. Sorrir faz rugas. As rugas fazem sorrir como fazem chorar. Sorri. Por dentro. Por fora. Por dentro como por fora. Sorri. E abre o peito ao sorrir. Espera por outro sorriso e por outro bailado em gargalhada. Sorri. 
Passei tantos anos a sorrir e sorrio a pensar que tenho uns tantos mais para o fazer. Gosto de sorrir. Gosto de amar. Gosto de dançar. Gosto de gesticular. Gosto de viver. A vida é um sorriso. O sorriso numa vida. Contemos tudo no mesmo passo e contra-passo. É tudo vida. Sorrir é bom. Sorrir é bom. Sorrir faz bem. Sorri. Em todas as línguas, porque sorrir não tem letras nem raças nem partes nem versos. Sorrir é universal. Ri-te da política, do futebol, da arquitectura, da arte, dos livros, da música e de tudo o que rejubila sentidos. Ri-te do perverso e do certo. Ri-te do mundo e do pormenor que ele tem. Ri-te na minha cara e na do próximo que aparecer. 
Ri.
Sorri. 
E gargalha. Baixo como estridente.
Está aqui. E aí.
Sê vivo. Sempre.

Luís Gonçalves Ferreira

domingo, 24 de outubro de 2010

Ridiculus

Em surdina, como num gemido, abri portas e visitei os teus segredos. Soube de tudo o que me tinhas contado. Sinceramente, apercebi-me que desconfiava de concludências vãs. Viajei, mais a fundo, como o sangue que destila o teu ser e as tuas brancas veias. Revistei as nossas memórias e retirei o pó que eu mesmo havia colocado para depois querer limpar. Fui mais a fundo e vi... fantasmas... os teus medos. Eram pessoas, espaços e máscaras. Imensas fantasias: um carnaval. Rasguei, a dentes de ferro, os papéis que restavam em ti. Desfiz as personagens que nos incomodavam. Chicoteei os demónios do teu templo. Varri a poeira dos teus bancos e janelas. E, a seguir, voei... para parte incerta. Para pessoa incerta. Percebo, agora, que o meu papel no mundo não é amar, mas preparar terreno mas outros o fazerem. Foi assim com deus, os homens e os demais que um dia ousaram trocar as coisas de sítio.

Luís Gonçalves Ferreira

So close, no matter how far

Quanto a mim, há-de ser sempre dos melhores temas conseguidos até aos dias de hoje. Imortal!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Better days





Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

Este é o Oceano Pacífico das noites do Piquenique. Esta é a minha escolha para a passagem de um bom serão ao som de Jorge Palma.

Grande composição...

Não se esqueçam: enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar.

Sem mais,

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Embrulho, papel e tesoura

Dei-te tudo o que melhor guardei. Ofereci-te poemas encantados em fábulas de oiro. Dei-te contos guardados em caixas de veludo. Prestei-te sentimentos novos, em embrião, para tu desflorares. Arranjei cartas perfumadas, caligrafias melhoradas e todas as carnaválias coisas para te conseguir amar em pleno. Amarrei-te, subjectivamente, no coração com poemas e prosas que te fui, passo a passo, dedicando.

Luís Gonçalves Ferreira

Singing in the rain!



:D

Folhas de papel carmim

Nas páginas do livro da tua pele senti que estava, como nunca, muito perto das tuas memórias.  Percebi que era teu, mas outros já o foram. E percebi, loucamente, que estavas só comigo, agora. Percorri-te, em descanso, como numa pausa de um suspiro... Senti que eras minha, num todo, por momentos. Foi perfeito por que a perfeição eras tu... Foi mágico, meu amor, porque a magia eras tu. Imaginei-te, vezes sem conta, nas páginas de outros livros que fui percorrendo com os dedos, com os olhos, com o coração... Senti, coração, que não te podia perder, porque era tudo muito forte. Estavas aí, junto de mim, com a pele junto da minha... com os olhos colados nos meus... O teu cheiro de lavanda. O teu perfume carmim que era o teu cabelo. Afaguei-te o peito, outrora só. Acariciei-te os sonhos como se fossem meus. Percebi-te como se me olhasse ao espelho. Entendi-te como se folheasse o livro... Eras um quadro, intocável, como os anéis de uma farta vitrina. Eras angelical, como as asas que te nasciam das palavras, leves, límpidas, com o a alma que carregava contigo. Estavas, para sempre, na janela do meu quarto, a escutar-me, a observar-me, a sentir-me. Dificilmente me desamarrarei de ti facilmente. Dificilmente serei de outro corpo e de outro espírito. Dificilmente serei feliz sem ti. E fui, calmamente, em mais um debater das folhas do livro da tua vida...

Luís Gonçalves Ferreira

Book Of Love


Luís Gonçalves Ferreira

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Anna Karenina


Anna Karenina morre no mundo do romance: mas cada vez que lemos o livro ela ressuscita, e mesmo depois de o termos acabado adquire outra vida na nossa recordação. Em cada personagem literária existe algo da Fénix imortal. Através das vidas perduráveis das suas personagens, a própria existência de Tolstoi teve a sua eternidade. As suas técnicas musicais e linguísticas não podem comparar-se de um modo exacto. Mas como poderíamos elucidar de outro modo o sentimento de que as suas novelas surgem de um princípio interior de ordem e vitalidade, enquanto as dos escritores menos importantes parecem alinhavadas? Qual Da Vinci das letras, um visionário para a época.

Um livro intenso, mordaz e um amor inóspito e fatal integram esta obra que aconselho vivamente. Quanto mais não seja porque foi o pródigo que inspirou a mãmã a baptizar-me, coadjuvada com as minhas origens nórdicas e extremamente belas (sim, as que ao nosso caro Luís tanto instigam). Não fiquei Anna dado o trauma da minha mais que tudo, na sua vida universitária, ser sempre a primeira a ser chamada para os exames. Isto de pensar em tudo é de família! E foi assim que apareceu esta composição pela qual me chamam, já a preparar-me para a crise que assola o nosso país, no caso de eu pensar em ingressar numa carreira de cantora pimba.
Tenho dito.




Gosto muito.
Para mais informações: http://www.myspace.com/longwaytoalaska

Sem mais,

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

To run - be quiet and drive




Vezes e vezes sem conta...
Adoro quando me passeias, minha motorista particular,ao som desta cancoooum no nosso tapete mágico branco.

Nós os três quando já só temos as estrelas sob os nossos cabelos ao vento pelas estradas fora, pelas noites dentro e pelos dias corridos.
Ontem, hoje, amanhã e sempre.

Let's run for our lives...

Sem mais,
You think I'm pretty without any makeup on,
You think I'm funny when I tell the punch line wrong,
I know you get me so I let my walls come down,
Before you met me I was alright but
Things were kinda heavy, you brought me to life
Let's go all the way tonight,
No regrets, just love
We can dance until we die,
you and I, we'll be young forever
You make me feel like I'm living a Teenage dream
The way you turn me on
I can't sleep Let's run away and
Don't ever look back, don't ever, look back
We drove to Cali, and got drunk on the beach
Got a motel and built a fort out of sheets
I finally found you my missing puzzle piece
I'm complete

Só porque transmite boas sensações :p!!!

p.s: falta precisamente um mês para o sir Rui Veloso. Não aguento a emocooum.

Sem mais,

sábado, 9 de outubro de 2010

Sossega, coração!

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição dos seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo,
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho concebê-lo!

Sossega, coração! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme.
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.



Fernando Pessoa

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Suspiro quente

Tenho saudades de planear mensagens e de fazer pesquisas para as tornar perfeitas. Tenho saudades da vitalidade de outros tempos. Tenho saudades de mim, enquadrado, como noutras alturas. Ter saudades não basta. Sentir desespero quando não sei o que é espelho também não. É uma sombra enorme que me persegue. É uma mácula imensa que está aqui, no peito, como na testa de Caim. Apetece-me ganhar forças e mostrar o Luís incrível doutros tempos. Apetece-me ser feliz em todos os quadrantes. Apetece-me voltar a chorar solitariamente para nunca, mas nunca, me apresentar triste aos outros. Queria fechar os olhos e não perder o norte aos meus sonhos. Queria dormir e não perder forças, dia-a-dia, como tem acontecido. 
Esqueci-me que sonhei ser grande. Esqueci-me que sonhei ser um grande projecto. Esqueci-me do valor da família. Esqueci-me do valor de Deus. Esqueci-me que tenho energias fantásticas. Esqueci-me que é absolutamente estúpido sofrer por amor. Esqueci-me como era incrivelmente deprimente percorrer a blogosfera e encontrá-lo aos molhos, em depressão.  Esqueci-me que criticava paranormalismos, idolatrias vãs e coisas afins. Esqueci-me de mim. Tornei-me em coisas que nem queria ser.  A vida ensina-nos coisas, em capítulos, e mostrou-me partes que sempre neguei. Sofri de mais no plano relacional com mundo para merecer mais isto, esta fustigação que cresce, como um chicote, no cérebro. Tenho medo deste bloqueio e de não me erguer mais.
Provavelmente, nada mais faz sentido na vida que eu me teimo a colar. Provavelmente, chegou a hora de olhar para as coisas como diferentes e lidar com elas, assim, como são na verdade. Não posso esquecer o que passei, numa outra mutação, lá longe, que marcou um outro reverso. É uma viagem que custa a fazer.
Apetece-me enterrar a cabeça e não a levantar mais. Isto consome-me todos os dias. A todas as horas. E não devia ser assim. Eu evito-me a vir aqui para não vos chatear. Perdi-me, caros leitores. E custa-me muito juntar os pedaços. 

Até sempre,
Luís Gonçalves Ferreira

Cosmic Love


(Ufa! Suspiro) 

Luís Gonçalves Ferreira

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O estado da Res Publica


A República, implementada em Portugal há cem anos, não corrigiu os problemas estruturais que varrem o país há séculos, fruto de uma herança monárquica não menos tempestuosa que os sucessivos governos republicanos das I, II e III Repúblicas. Portugal - com ou sem República - é um país empobrecido por séculos de governos maus, de avanços industriais e tecnológicos tardios com péssimas relações com as liberdades individuais. A República - de inspiração Francesa - chegou a Portugal com século e meio de atraso. A industrialização - de inspiração inglesa - chegou a Portugal em comboio atrasado e descarrilado. A democracia - a plural, europeísta - sofreu de atraso particular. As vagas do Estado Social e do neo-liberalismo ainda estão a acontecer. As grandes nações europeias tiveram os 30 anos de ouro para a seguir liberalizarem. Portugal teve tudo isto, mas em processos completamente desproporcionais. A culpa, dirão todos, é da II República - permitam-me que lhe chame assim. Em grande percentagem concordarei, mas não consigo deixar de observar que as grandes democracias mundiais são monarquias. Não vos consigo deixar de esconder que a implementação da República não resolveu nada, mormente se pensarmos que nos precipitou numa guerra e nos caminhou para a ditadura. Matar o rei - esse acto de barbárie intelectual - foi fruto de aspirações despóticas de uma classe político-social. Experimentou-se o que se havia de experimentar. Provou-se o que 100 anos deixaram provar. E agora, na festa da res publica (a "coisa do povo"), cabe ao povo reflectir sobre a utilidade de um sistema político. Não sou monárquico, mas não desconsidero a utilidade prática de um outro regime, atendendo às circunstâncias político-sociais do surgimento e implementação da República em 5 de Outubro de 1910. 
É sobre o Estado da República - da do povo - que convém reflectir. Falta pluralidade de partidos nesta rotação moribunda, sistemática, de dois eixos de poder. Lembro-me: Depois da Carta Constitucional de 1926 e da Constituição Vintista - e dos seus períodos alargados de vigência - os sucessivos governos faliam dentro da instabilidade parlamentar devido ao bipolarismo que ainda hoje se verifica.
Bem, apetece-me dizer que afinal o problema nem é do sistema, nem da cabeça do Estado, nem dos textos, nem dos brocados, mas das pessoas. São elas que fazem a República, a Monarquia, o Estado, os partidos, a democracia e, mormente, a própria Nação.
É este o estado da Res Publica que marcará a República dos nossos filhos? Triste fado.

Luís Gonçalves Ferreira

sábado, 2 de outubro de 2010

Hoje é o teu dia!



Para a mais maravilhosa e autêntica Lady que eu tive a oportunidade de conhecer nestes meus breves anos de vida: a nossa ilustre Diana Machado.

Começei por perguntar a mim mesma o motivo pelo qual me deu subitamente a vontade de te vir escrever estas palavras. "Porque não? Faz todo o sentido burilar-se o que realmente importa: as pessoas que gostamos!".
Nunca é demais dizer o quanto adoro os nossos deambulares, o teu apoio, a tua "raça" e a tua peculariedade. Costumamos contar que foi "amor à primeira vista", e, de facto, já lá vão dois intensos anos em que ainda sorrio por dentro quando me lembro desses primeiros momentos. Jamais o vou esquecer: foi dos processos de cativação à Raposa e Principezinho mais caricatos em que eu tive a honra de fazer parte integrante. São estas coincidências (se é que elas existem) que me fazem acreditar no Divino: cheguei a Braga perdida, e reencontrei-me quando vos conheci. Poderemos então chamar-lhe Destino? Penso que sim, que estava escrito.

Descrever-te seria perder-me nas palavras, pois estas nunca me saciam. Contudo, esta humilde homenagem não estaria completa sem frisar o que mais me orgulha no nosso seio: é o saber que tudo isto é sincero, puro e cândido. É o saber que posso pensar em voz alta. E sublinho estes singelos corolários só pela virtude de coexistirem e permanecerem firmes por qualquer que seja o trajecto que os nossos passos tiverem que escolher. Sei o quanto os seus antagónicos ainda nos surpreendem e assustam.

Convosco, ganhei novos ornatos e reforçei os velhos e esquecidos pela poeira. Convosco, sou dona de um inestimável tesouro, para nós nada utópico: a Amizade.

Nenhum caminho é longo quando um amigo nos acompanha!

Obrigada Diana. Por seres como és, pelos espaços vazios preenchidos e por tudo o que há-de vir.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Dia 13 de Novembro vai lá tudo parar!-------------»MULTIUSOS
Quando passo por lá, ainda me custa acreditar!!!