quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Trivialidades

Não, não esperem que eu chegue com boas conclusões ou sábios pensamentos. Apesar de me esforçar para tal, a verdade é que o meu cérebro entrou de férias. Aliás, tudo em mim abriu as portas à sra preguiça.
É-me complicado exprimir a revolta que os meus poros suam quando tento pensar, falar a sério e não consigo. São neste assaltos de estupidez, quiça, efémera loucura que me deparo com a minha tardia adolescência. Uma pessoa julga-se adulta e não é que, de vez em quando, se tem 20 minutitos de pura estupidez. A seguir, surge uma melancolia que sai como entrou: sem qualquer permissão ou explicação. É um vai e vem que eu não consigo descrever. Será que existem estudos científicos? Se houver, informem-me. Nutro uma curiosidade infinita.
Assumo, sou complexa. E esta minha complexidade tanto me alegra, como farta. É muito mau quando não nos compreendemos. É como palmilhar um terreno minado. Por vezes, parece que alguém extrovertido se apoderou do meu “eu” recatado que tanto prezo.
Cresci rápido demais, isto é, tive a vontade de ser adulta mais depressa do que os outros. Ninguém me forçou. Essa vontade foi totalmente desejada por mim. Não sei porquê. Agora, em vez de crescer (não em altura, não para os lados, mas a nível emocional, psicológico), parece que estou a decrescer. A sociedade confirma e o Casino (da Póvoa!) é a prova viva.
Larguei os saltos, ou será que caí deles? Eis a questão.
Os meus 19 são os supostos 15 que deveria ter vivido?
Bem, tudo isto para dizer que cheguei a uma brilhante conclusão: ao longo do ano escolar, abro mais vezes o porta-moedas do que o porta lápis. Sim, são estes os meus pensamentos de Verão. Nada parvos, nem demasiado óbvios para quem me conhece. (Eu tinha avisado que não ia sair nada de muito inteligente. É impossível ser alvo de sanção) São nestas alturas que os meus poros dilatam de tanta irritação. Lá está: onde andam os meus saltos? Não sinto falta deles, mas deveria?
Concluindo, isto é um mero desabafo que tinha de surgir indubitavelmente. Ai, esta indolência deixa-me consternada, preocupada e irremediavelmente irreconhecível. Diz-se, por aí, que a culpa morreu solteira. Neste caso, não concordo. Arranjei-lhe companhia (este altruísmo não me larga, eu sei!) : o Direito. Ora lá está uma excepção à regra.

p.s: prometo que o objectivo da publicação deste texto não é de ter uma consulta de foro psicológico à pala.


Dou o merecimento dos autos

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