Vou seguir o exemplo da Nádia e fazer o tal rewind. Só quero avisar que não irei conseguir ser tão sucinta! Peço desculpa, desde já, pelo "testamento" que se avizinha.
Já vesti o fato, já pus o capacete, o cinto...ready? 1,2,3 GO GO GO....
Melhor momento: (dia 19 de Fevereiro de 2009) este dia foi marcado pelo facto de ter tirado a carta, mas também pela prova de maior confiança que me deram. O meu pai vira-se para mim, após 3 horitas de obter o dito título, e faz me a seguinte questão "tens pedalada para levar a tua mãe a casa?" e eu a tremer por todos os lados, mas sem querer demonstrar "epa, claro que sim. Passa as chaves". Foi neste momento que senti que realmente que quando ele me dizia e ainda diz que confia plenamente em mim em tudo é verdade. Passar o seu "menino" assim sem mais nem menos não é tarefa fácil. Foi a minha melhor primeira, a melhor segunda, a melhor terceira, a melhor quarta da minha vida ( não me atrevi a meter a quinta, muito menos a sexta!).
Pior momento: (dia 14 de Setembro de 2008) foi a ruptura na continuidade de vitórias. Pela primeira vez não consegui cumprir um objectivo muito desejado, trabalhado e sonhado. Pela primeira vez senti que tudo iria modificar. E foi. A minha vida deu uma volta de 180º. Contudo, só me fez crescer. Foi mau, mas agora revelou-se bastante enriquecedor.
Momento mais aventureiro: nunca fui de muitas aventuras. Mas, talvez o facto de ter andado por Londres às tantas da manhã com um grupo de amigos pode ser encarado como uma aventura, visto que na altura tinha 17 anos. Bem, não é nenhuma maluquice, mas gostei. Foi divertido. Foi libertador.
Momento que odiei mas agora até rio dele: uiiiii....A minha primeira batidela. Uma semana após ter tirado a carta, a fazer marcha atrás bati. É o que eu digo: a vida é para a frente, não para trás. Quando se olha muito para trás, dá asneira. Foi engraçado, porque em primeiro eu não senti o estouro que foi. Em segundo, porque saí do carro a pensar que não tinha sido nada. Em terceiro, porque o carro do outro senhor ficou em peças e o meu se teve um arranhão foi muito. Mas, o que me deu mesmo vontade para rir foi quando esse senhor me disse para esperar um bocadinho porque ia apanhar as peças do seu carro LOL (eu acho que me ri na cara dele. Eu sei que foi mau. Não me controlei!). Deu para rir, porque resolvemos amigavelmente. Não queria ter de mostrar ao sr policia a minha guia (é que nem carta a sério tinha). Isso seria demasiado constrangedor.
Momento embaraçoso: aqui tenho que me desculpar por dois motivos: em primeiro é porque não consigo eleger apenas um (pelo menos 3, vá lá!) e em segundo é que vou expor a vida de umas amigas (prometo que não uso nomes!).
O primeiro foi quando eu e mais três amigas fomos a um café, daqueles que não são pobres a pedir, e pedimos ( e isto sem exagero) 4 torradas, 4 fatias de bolo de chocolate, 4 colas e 4 cafés (agora percebo porquê que andavamos sempre tão aceleradas). Até aqui tudo bem. O problema surgiu quando a nossa amiga capitalista (não, não era eu!) passa o cartão ao funcionário para pagar a nossa "continha" e ele não funciona. Foi o "piiiii" que mais me acelerou o coração. Eu e as outras 2 amigas estavamos completamente lisas. Nem um euro tinhamos. Lá tive que ligar ao meu pai para vir pagar a conta, uma vez que as outras tinham vergonha de contar isso aos seus progenitores. E sim, voltamos lá. Era o nosso vício, assumo!
O segundo momento também se passa num café. Bem, estavam três pessoas nesse café: eu e a minha melhor amiga numa mesa e noutra mesa estava um rapaz de aparência duvidosa, mas aparentemente divertida, ou seja, susceptível de contacto. A televisão estava ligada no VH1 e começa a dar uma música dos Oasis "Don't look back in anger" que por acaso nós simplesmente adoravamos, então eu... (fui eu que lhe pus o gosto por esta música). Epa, começamos a cantar como se estivessemos em casa e o tal rapaz de aparência duvidosa fez a parte instrumental. Foi um momento giro, até ao ponto em que reparamos que o empregado já estava farto de ser rir à nossa custa (isto só no fim da música!)
O terceiro momento já se passa num táxi no Porto. Mais uma vez eu e a minha melhor amiga. Decidimos ir da Póvoa ao Porto de metro fazer umas comprinhas nocturnas. Só que na troca de metro, ela entra e eu fico cá fora. Despedimo-nos como se não nos voltassemos a ver nunca mais. De facto, foi um momento emocionante. Nestas alturas, quando precisamos mais do telemóvel, ele pifa. Contei com a simpatia de uma rapariga que viu aquele episódio e me deixou usar o seu telemóvel. Então, quando nos encontramos eu disse que voltavamos de taxi para a Póvoa e assim foi (ah e não pretendo partilhar o montante dessa viagem!). Bem, depois das ditas compras, lá encontramos um táxi na Praça da República. O taxista, completamente avariado daquela cabeça e tudo devido à rivalidade entre Norte e Sul, pede-me para cheirar o seu cabelo "Ah menina, os de sul são todos uns porcos, mas nós aqui no norte somos todos limpinhos. Oh cheire o meu cabelo, cheire. Cheira a sabão rosa". Lá tive eu que corroborar a sua tese!
Momento inesquecível: dia 1 de Janeiro de 2005: a melhor passagem de ano de sempre. A primeira que em pleno centro de Guimarães me senti em casa. Deambular por aquela Cidade às tantas da manhã com uma garrafa de champanhe. Foi caso para dizer: Portugal é a minha terra e Guimarães é a minha casa, definitivamente.
Foi bom fazer este rewind, mas este saudosismo está-me a assustar!
Sem mais,
1 comentário:
Prometo que nao volto a expor a minha adolescência publicamente!
Tá dito e será concretizado.:p
Maria das Dores
Enviar um comentário