É fantástico de ser ver toda a pessoa que se dedica profissionalmente à ingestão incontrolada de álcool. É ser-se bêbado sóbrio e bêbado quando se está efectivamente bêbado. A fama tem destas coisas. Gente retirada a ferros das Serras longínquas são dignas de um púlpito sub-urbano numa Casa de Pasto qualquer.
Ainda criticam o Tele-Rural. Esquecem-se que as pessoas e os seus companheiros imaginários tropeçam nas vielas e riem à desgarrada, como seres incontroláveis de tão torpes que são. Os músculos descontrolam-se e as faces ficam rosadas, tal e qual o Zé Povinho do Bordalo Pinheiro.
O vinho chega a casa e discute com a mulher e com os filhos. O vinho chega a casa e senta-se como um porco em frente ao televisor. Não vê nada. Está bêbado e analfabeto como quando saiu do trabalho para a tasca da esquina. O vinho chega a casa e faz sexo à porco com a sua querida e subtil vaca submissa. É o cio dos Homens e a escandaleira das bibliotecas confessadas, no século passado, pelo Vaticano.
O vinho cobre aquela sadia porca e cobrirá porcamente outras tantas porcas que se lhe adicionarão aquela pérfida e imunda pocilga.
O vinho cobre aquela sadia porca e cobrirá porcamente outras tantas porcas que se lhe adicionarão aquela pérfida e imunda pocilga.
Roberta Paliativa
4 comentários:
Roberta, querida, seja bem-vinda! Apraz-me muito satisfatoriamente que o nosso pequeno episódio de ontem te inspire desta forma tão magistral e digna deste piquenique, mas o Luís não te contou isto bem. Nada bem mesmo. Não foi necessariamente o álcool que dignificou o púlpito sub-urbano das gentinhas da casa de pasto. Não há legitimidade alguma em se culpar Baco, mas sim os meus pom-pons, que fiquei a saber que são deveras érogenos. Além de que nada disto se tinha passado se o Luís e o Tiago comessem a sopinha às refeições!
Atenção. Este devaneio em nada tem que ver com o nosso almoço de ontem! NADA. Ela andou pelo Hi5 não por Celeirós.
Eu nunca diria tal coisa a nosso respeito. Embora coincida a casa de pasto.
Beijos!
PS.: Eu tenho que defender o meu alter-ego. Coitada da bicha!
Tenho-te a dizer Luís que isto de te andar a alimentar estes devaneios e tu os meus ecos esquizofrénicos causa-se-me uns púlpitos interiores tumultuosos e umas palpitações anarquistas nada íntegras. Estamos seriamente a ficar dementes e eu a ver os cães a passar e a caravana a ladrar. Ora, se somos amigos e as verdades são para ser ditas, que me dizes a casarmos duma vez por todas? Assim tiramos férias desta veracidade toda que me remoi.
Sim, podes-me mandar ir beber água. Eu não fico magoada *
Dra. Já-não-tão-sana e-visionariamente-iluminada
Vamos! Quando vai ser o dia do amor?
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